segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Entre desesperados e assustados, as comédias da vida privada

Em um de seus artigos publicados, a revista....., traz um fato interessante a respeito de alguns bons frequentadores da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro.
É comum estudantes e não estudantes consultarem o enorme acervo disponível na biblioteca. Alguns, obviamente, encontram-se em situação de desespero. Algumas bibliotecárias relatam alguns fatos interessantes que só o desespero pode trazer.
Diz o artigo que certa vez alguém arrancou a página com algumas informações que eram de seu interesse. O interessante é que, no local onde deveria existir a página, havia um recado. "Estava realmente precisando desta página. Podem me ligar e me procurar neste endereço."
O problema é que o endereço e o telefone pertenciam a duas pessoas totalmente diferentes que sequer conheciam a biblioteca.
Casos como este não são excessão, e vários livros do acervo possuem páginas rasuradas ou com comentários, como se os livros pertencessem a quem os usa.
Outro caso relatado é sobre um senhor que frequentava a biblioteca com muita assiduidade. Quase diariamente esse senhor ia à biblioteca, sentava-se em sua cadeira de costume e iniciava seu estudo.
Em um desses dias, porém, um grupo de universitários iniciaram uma pequena discussão sobre o objeto de seu estudo que, segundo a bibliotecária, "não iria durar muito".
Conclui-se que o senhor não estava em um bom dia pois levantou-se de sua cadeira e, aos berros, chamou a atenção de todos para si:
"SILÊNCIO, PELO AMOR DE DEUS! SERÁ QUE NÃO É POSSÍVEL ESTUDAR NEM MESMO EM UMA BIBLIOTECA?"
O resultado foi algumas risadas em meio a sustos e a olhares perdidos de algumas pessoas que não entenderam nada.

Curta e Grossa

Que os patrões me perdoem, mas o protocolo usado pela maioria dos vendedores é um saco. Supermercados, shoppings, enfim, em todo local tentam nos envolver com uma conversa que nem eles mesmos acreditam.
Fernanda Passos (a verdadeira fonte pediu para não ser identificada neste blog) me contou uma história interessante em uma de suas idas a uma rede famosa de supermercados em Vitória.
“Eu queria ver os preços de um aparelho MP4, mas eu realmente não precisava de ajuda no momento”. É óbvio que seu desejo não se concretizou. Imediatamente um vendedor a avistou solitária, e veio lhe prestar o atendimento exaustivamente dado aos funcionários.
Acostumada com a pergunta que sempre fazem, nem hesitou em responder:
- Não, obrigada. Estou só dando uma olhada.
Percebendo o embaraço e o riso do atendente, pediu que repetisse o que havia perguntado:
- Só queria saber como vai a senhora.
Um caso isolado de um atendente que resolveu fugir á regra do famoso: “Olá, posso ajuda-la em alguma coisa?”

Boas pérolas...

A Revista Seleções publica em suas edições algumas pérolas que, para nossa alegria, ocorrem com frequência nas mais diversas profissões. Confira algumas delas:

QUANDO RECEBEMOS um pedido de 100 almofadas de um comerciante, vimos em nossos registros que ele tinha um débito. Avisamos que o pedido só seria processado depois de resolvido o pagamento em atraso. A resposta recebida foi a seguinte: -Favor cancelar o pedido. Não posso esperar tanto tempo.

James A. Goddard Estados Unidos

COMO JUIZ, estava sentenciando vários réus quando vi um rapaz vagamente conhecido. Revendo a ficha dele, verifiquei que o homem tinha uma carreira de crimes, salvo por um período de cinco anos, em que não houveram condenações: "Milton" – indaguei, intrigado –, "como é que você conseguiu não se meter em apuros durante esses cinco anos?" "Eu estava preso" – respondeu –, "o senhor devia saber, foi quem me mandou para lá. "Impossível – disse eu –, "pois nesta época eu ainda não era juiz. Não, o senhor não era o juiz. Era o meu advogado."

(Não havia identificação nesta publicação)

SOU PROFESSORA de Química e Física, duas disciplinas pelas quais a maioria dos alunos tem aversão. Um dia, estava dando aula e comentei, depois de uma das muitas badernas dos alunos em classe:
– Eu ganho pouco, mas me divirto com vocês. E um deles, para não perder a oportunidade, respondeu:
– É professora, também não aprendemos nada, mas nos divertimos muito com a senhora.

Iêda Soraia Marques Salvador - BA

PARTE DA MINHA OCUPAÇÃO como gerente de consertos de carros batidos numa concessionária é providenciar o aluguel de veículos aos clientes. Um dia, Ken, dono da empresa de locação com a qual trabalhamos, contou que acabava de receber uma ligação de um cliente:
– Eu tenho boas e más notícias – comunicou-lhe o cliente.
Ken pediu que ele começasse pelas boas notícias.
– Os air bags da van que alugamos funcionam muito bem.

Patrick St. Amand Canadá

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Sem censura


Câmara de Vitória, vésperas das eleições:
- “A Neuzinha tá por aí?”
- “Tá não minha senhora, ta fazenda campanha! Posso te ajudar em alguma coisa?”
- “ Não sei filha...é que eu gostaria de pedir a ela pra me dar uma ajuda... to querendo colocar um silicone mas ta tão caro! E como ela é mulher né...quem sabe ela não me ajudava?”
Primeira situação com a qual eu e duas colegas de curso nos deparamos enquanto aguardávamos a candidata Neuzinha para uma entrevista. Minha função era fotografar a candidata enquanto as outras duas estudantes a entrevistavam. O silêncio constrangedor e algumas respirações mais prolongadas revelavam nosso discreto desejo de nos desmanchar em gargalhadas. Mas, como boas futuras profissionais, nos controlamos e continuamos a aguardar a candidata para que finalmente pudéssemos dar fim ao nosso trabalho.
Durante o período de espera ainda vivenciamos algumas situações diferentes, como solicitações de cópias de livros, pedidos de emprego, enfim, algumas coisas que fogem da alçada dos vereadores.
Notando nosso espanto, a jovem secretária (que mais parecia estar na praia com suas havaianas e blusas regatas que sequer combinavam) nos disse que esse tipo de pedido é comum. “Nem estranho mais não.” Nos entre olhamos e continuamos com nosso exercício de paciência.
Sem resultados. Fomos informados de que Neuzinha não iria mais comparecer ao gabinete, uma vez que o expediente dos funcionários da câmara estava encerrado. Um tanto decepcionadas deixamos o gabinete, mas não desistimos. Decidimos aguardar em frente ao local onde acontecem as sessões. Segundo nosso julgamento ela compareceria. Mais espera.
Meu professor de fotografia estava comigo me passando algumas instruções para que as fotos ficassem o melhor possível. Enquanto eu aguardava, observei o quanto as pessoas buscavam chamar a minha atenção andando vagarosamente quando estavam a minha frente. A princípio eu não entendi, quando uma senhora encarou a câmera em meu pescoço e esboçou um sorriso como se tivesse dado muita sorte. Pude ler seus pensamentos! Finalmente entendi que as pessoas estavam pensando que eu era uma representante oficial da imprensa.
Mais que depressa tomei a decisão de fazer aquela senhora se sentir uma estrela. Levantei de onde estava sentada e imediatamente fiz pose de fotógrafa experiente focando a tal senhora que não escondeu seu entusiasmo. Foram dois flashes seguidos. Até um carinhoso toque no braço eu recebi. Confesso, me senti muito bem.
-“Você tem uma das principais características de um repórter fotográfico: a cara de pau.” Foi o comentário que ouvir de meu professor quando voltei para meu lugar.
Como de praxe, continuamos a aguardar. Em decorrência, talvez o mais incrível fato de toda a minha carreira ainda não iniciada aconteceu.
Um senhor se ofereceu como modelo para algumas fotos.
Confira a sessão completa.
Não pude negar. Estava um tanto entediada e esse poderia ser um momento único em minha vida. Com a autorização de meu professor fiz a vontade do desconhecido. Nunca vi tanto sorriso e tão pouco dente na minha vida.
Após cinco ou dez minutos achei conveniente voltar ao meu posto. Fui informada pelo meu professor que deveríamos voltar, pois já estava ficando tarde e ainda tínhamos aula à noite.
Quando estávamos indo embora nos deparamos com Neuzinha em frente à Prefeitura fazendo bandeiraço.
Consegui fazer algumas fotos e minhas colegas fizeram a entrevista. Mesmo que isso não tivesse acontecido, nem preciso mencionar o quão satisfatório foi o quase dia de trabalho.